Cristiano Ronaldo 2.0 y sus amigos

Adoro um bom lampião. Nada me diverte mais do que um bom lampião! 

Um lampião é um "ser" fascinante! Acredita em tudo, vive de olhos fechados e, devido a ter uma grande dose de "calimerice", come tudo o que lhe metem no prato, mesmo se ao invés de um bife de porco esteja um bom bocado de uma bosta de camelo.

Esta introdução vem a propósito das noticias das ultima semana sobre o Cristiano Ronaldo versão 2.0, o tal que é uma aposta do novo paradigma do Sporesboa, mas que apenas joga porque o "Tótó" Sálvio está no estaleiro.

Este Cristiano, que é uma versão melhorada de CR7 segundo o ex-empresário: "É um talento emergente do futebol português e, na minha opinião, pode tornar-se mais forte que Cristiano Ronaldo" estará na lista de prioridades de Van Gaal para o seu Man Utd: Segundo o Telegraph:  

• "De acordo com o Telegraph, o jogador que actua pelo lado esquerdo do ataque do Benfica está bem referenciado pelo clube de Old Trafford e Louis Van Gaal, treinador do Manchester United, já aprovou a ideia dos ingleses avançarem com uma proposta junto do Benfica por Gonçalo Guedes"

Para quem acompanha Guedes, sabe que o mesmo não só não é o mais talentoso da sua geração ( esse é Matheus Pereira) como na realidade está mais perto de ser uma versão melhorada de Yannick Djáló do que de CR7. No entanto numa pequena pesquisa em redes sociais, blogues, sites de desporto se vê a enorme alegria e credulidade que grassa nos lampião, eles acreditam mesmo na veracidade da notícia e chegam a argumentar que o valor da possível venda só pode ser o da clausula de rescisão. Comem ou não comem tudo???

Mais notícias continuam ligar jogadores da melhor Academia do Dubai e arredores aos melhores clubes da Europa. Aproveitando todo o elã criado pela máquina propagandista do regime Renato "Novo Eusébio" Sanches, também é  alvo dos vermelhos de Manchester:    

• "O clube inglês é apontado como um dos interessados no jovem do Benfica, tendo até chamado a atenção do próprio treinador." 

No entanto vejamos uma análise de alguém, ao contrário de nós comuns adeptos, que percebe da coisa: o Nuno do EntreDez:

"Ontem, diante do Atlético de Madrid, houve um jogador encarnado que se destacou. Não, não foi Renato Sanches.  Lamento desapontar todos aqueles que aplaudiram de pé a iniciativa esplendorosa do Renato quando, já perto do fim do jogo, decidiu empolgar as bancadas do circo e pegou na bola, passou por cima de meia-dúzia de adversários, aos trambolhões, e, depois de perder a bola, como era natural que acontecesse, mordeu a língua, foi atrás do adversário, recuperou-a, arrancou de novo com ela e... passou a linha lateral. O momento, gravado na emoção das pessoas com carinho, e na História do jogo como o mais ridículo, constitui o exemplo perfeito do quão absurdo é tudo o que se diz e pensa acerca do jogo nos dias que correm. O Benfica empolgou-se depois de reduzir, e o Renato, sentindo que, sendo o momento de fazer das tripas coração, podia deixar de pensar no que estava a fazer, como até então, decidiu que era uma boa altura para começar a correr desalmadamente. Nas bancadas, gosta-se de quem o faz, ainda que o faça sem nexo. As arrancadas de Renato Sanches são, de facto, poderosas. As suas competências atléticas são invejáveis, e consegue ganhar muitas bolas à custa disso. É pena que o futebol não seja nada disso, e que a um jogador de futebol se exijam, sobretudo, competências intelectuais. Sim, é verdade que, em algumas das arrancadas do Renato, deixou dois ou três adversários para trás. Mas, para que isso acontecesse, teve sempre de ganhar no choque e de esticar o drible, o que o obrigava a disputar a bola no limite com o adversário seguinte... até a perder. Sim, é verdade que ganhou dois cartões com base nesse tipo de iniciativas. Mas também perdeu inúmeras bolas que, jogando com a cabecinha e não com o músculo, não perderia. Nas bancadas, isso não interessa. Interessa, sim, que o Renato faça lembrar o Eusébio contra a Coreia, mesmo numa altura em que correr com a bola e passar por vários adversários em força já não traga quaisquer dividendos à equipa. Sim, o Renato é um anacronismo, e o que as bancadas da Luz aplaudiram, sem que o soubessem, foi a História do Clube."

Não concordando totalmente com o Nuno, vejo em Renato Sanches características e qualidade para sendo bem trabalhado puder alcançar outros patamares ( era bom o treinador ser JJ ao invés de um Pinho não era? ) vê-se que o rapaz não é de perto nem de longe o portento que a máquina do regime tenta passar para o mundo. No entanto o lampião come não é? Tal como também engoliu, e sem espinhas, as ex-futuras transferências milionárias de Manuel Fernandes, Miguel Monteiro, Miguel Rosa, Leandro Pimenta, etc......

É por isto que adoro um bom lampião...que como dizia a música do Sérgio Godinho: comem tudo! Pior será quando deixarem de comer e repararem que não deixaram nada!

Da minha parte desejo longa vida ao lampião comum e, que passe os seus desígnios a todos os descendentes.

PS: Estou ansioso para ver a que clube vão associar o Semedo e o Clésio ou o Victor Andrade.